Rearquitetura | Ed. Guaspari

O LOCAL

As origens do Centro Histórico se confundem com a própria história de formação de Porto Alegre, e durante muito tempo sua área atual correspondeu aos limites de toda a cidade. O prédio Guaspari está localizado em três esquinas, cercado de prédios e equipamentos que contam a história da cidade, antigamente, ao seu lado existia o edifício Malakoff. Atualmente tornou-se um ponto focal para quem desce a Av. Borges de Medeiros, imagem “canalizada” pelas alturas e relações entre edificações que foram se consolidando ao longo do Centro Histórico. Ocupando a fachada completa de sua quadra, o Guaspari se destaca não por sua altura, mas por sua composição e amarração na malha urbana.

O EDIFICIO GUASPARI

Projetado na década de 30 pelo arquiteto Fernando Corona, localizado ao lado do Mercado Público de Porto Alegre e em frente ao Paço Municipal, o edifício Guaspari tornou-se um ícone da modernidade da cidade. Com uma linguagem Protomodernista característica, sua arquitetura possuí jogo e volumes nos cheios e vazios, apresenta suas extremidades curvas e enfatiza peitoris salientes marcando a horizontalidade. O projeto iniciado no século XIX bem no marco zero da cidade, que fez parte da história do comércio e moda da capital gaúcha, foi frequentemente reformado com o passar dos anos. Na década de 70 o edifício Guaspari recebeu uma máscara metálica colada para esconder uma fachada que necessitava de reparos mais profundos. O edifício foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural desde 2008.

O edifício Guaspari, implantado em sítio de dimensões incomuns quando se considera a trama urbana do centro de Porto Alegre, apresenta a dimensão generosa de cinquenta metros, paralelamente à avenida Borges de Medeiros, e dimensões reduzidas e variáveis, transversalmente à mesma avenida – quatro metros e oito metros. Apresenta-se ocupando todo o terreno em volume único, com clara preocupação com a conformação do quarteirão em continuum edificado, com suas esquinas arredondadas voltadas também para o espaço hoje denominado Largo Glênio Peres e para a rua José Montaury.

O CONCEITO

ESTUDOS E LANÇAMENTO

O edifício anexo se compõe através de uma malha estrutural de 5mx5m em pilares e vigas metálicas perfil I que na fachada são evidenciadas. No edifício Guaspari, optou-se por manter e restaurar as mísulas deixando-as aparentes sem forro; seus pilares e vigas em concreto, deixando-os aparentes nos pavimentos de planta livre.

AS PLANTAS BAIXAS

O projeto de Rearquitetura do Ed. Guaspari em Porto Alegre foi pensado de forma cuidadosa qualificando e restaurando a pré-exitencia, um exemplar de arquitetura único na cidade projetado pelo arquiteto Fernando Corona na década de 30. Sua linguagem protomoderna com volumes nos cheios e vazios, extremidades curvas e enfatizando peitoris salientes, marcam a horizontalidade.